Armazem da Loja

Repositório de documentação utilizada nas actividades do clube Loja de Ideias

domingo, setembro 04, 2005

Conferência: 11 de Setembro: 4 Anos depois, onde estamos?

Dia 12 de Setembro 2005

Biblioteca-Museu República e Resistência

21 Horas

«11 de Setembro: 4 Anos depois, onde estamos?»

Dentro do contexto que assume os ataques a Nova Iorque como inauguradores de uma nova fase da nossa contemporaneidade, apresentando-se como marco fundador, é nossa intenção procurar contribuir para que as reflexões sobre o 11 de Setembro se compliquem, no sentido de serem abandonadas as preocupações exclusivamente militares ou civilizacionais e serem abordadas e valorizadas algumas das múltiplas dimensões em análise neste tão complexo tema da actualidade.

Neste sentido, é nossa intenção apresentarmos o nosso debate envolto em duas linhas de reflexões: [1] uma linha de apreciação internacional, o impacto nas Relações Internacionais, as consequências estratégico-militares; e [2] uma linha de considerações internas, de análise das possíveis respostas no âmbito da segurança interna portuguesa (como responderíamos a um eventual ataque) e como vê e sente a comunidade islâmica portuguesa o impacto dos acontecimentos dos últimos anos.

Esta actividade contará com a presença dos seguintes conferencistas:

João Marques de Almeida
Director do Instituto de Defesa Nacional (IDN)

David Munir
Imã da Mesquita de Lisboa

Paulo Gomes
Gabinete Coordenador de Segurança do Ministério da Administração Interna (GCS-MAI)

Diogo Moreira
Clube «Loja de Ideias»

Ciclo de Conferências: A Reforma do Sistema Eleitoral

«Reforma do sistema eleitoral português. A discussão Hoje.»

13 de Outubro 2005

21 Horas

na Biblioteca-Museu República e Resistência

No âmbito do ciclo sobre a «Reforma do Sistema Político Português», o Clube «Loja de Ideias» apresenta a conferência «A reforma do sistema eleitoral português. A discussão hoje». Este evento pretende confrontar as diversas propostas de alteração do sistema eleitoral nacional hoje existentes. Sabemos que o Partido Socialista e o Partido Social-democrata preparam legislação própria sobre a matéria. Sabemos também que contam com a oposição, assumida, de Bloco de Esquerda, Partido Comunista Português e Partido Popular.

Esta actividade procurará, assim, confrontar estas diversas visões e propostas.


A iniciativa contará com a presença dos seguintes conferencistas:


Fernando Rocha Andrade, Subsecretário de Estado da Administração Interna

Joao Rebelo, Representante do CDS/PP

Joao Teixeira Lopes, Representante do BE

Representante a indicar pelo PSD

Representante a indicar pelo PCP


Debate aberto ao público.

O clube «Loja de Ideias» apresenta-se como uma iniciativa não partidária e não ideológica e tem como objectivos contribuir para a construção de novos espaços de debate e intervenção política, fora dos círculos institucionais, visando uma melhor e oleada articulação entre a sociedade civil e a sociedade política e partidária; em suma, contribuir para a melhoria da relação entre o cidadão e a Cidade.

Ciclo de Conferências: A Reforma do Sistema Eleitoral










O Clube «Loja de Ideias» convida-o a estar presente na sua iniciativa

«A evolução do sistema eleitoral em Portugal
(do vintismo aos nossos dias)»


que ocorrerá na Biblioteca-Museu República e Resistência (Rua Alberto de Sousa, 10-A à zona B do Rego), quinta-feira, dia 3 de Novembro de 2005, pelas 21.00h.


No âmbito do ciclo sobre a «Reforma do Sistema Político Português», e no seguimento das suas recentes iniciativas, o Clube «Loja de Ideias» apresenta a conferência «A evolução do sistema eleitoral em Portugal (do vintismo aos nossos dias)». Este evento pretende apresentar uma evolução política e legislativa do direito de voto em eleições em Portugal, numa perspectiva histórica sistematizada e comparada.

Num tempo histórico de incertezas e vontades reformadoras, interessa-nos procurar, na nossa existência colectiva, por um passado de participação cívica interessada e progressista. Para esse efeito propomos um recorrido aos últimos dois séculos pretendendo retirar para o nosso presente indícios de continuidade e de rupturas com os nossos velhos hábitos eleitorais.

A iniciativa contará com a presença dos seguintes conferencistas:

Zília Osório de Castro (FCSH/UNL), sobre o Vintismo

Paulo Jorge Fernandes (UAL), sobre a Regeneração

José Tavares Castilho (CEHCP-ISCTE), sobre a I República

José Reis Santos (FCSH/UNL), sobre o Estado Novo

Pedro Alves (FDL), sobre a III República

Moderador: Jorge Macieirinha (Clube «Loja de Ideias»)

Debate aberto ao público.

O Clube «Loja de Ideias» apresenta-se como uma iniciativa não partidária e não ideológica e tem como objectivos contribuir para a construção de novos espaços de debate e intervenção política, fora dos círculos institucionais, visando uma melhor e oleada articulação entre a sociedade civil e a sociedade política e partidária; em suma, contribuir para a melhoria da relação entre o cidadão e a Cidade.

30 anos de Novembro de 1975

Esta proposta está umbilicalmente ligada à ideia de que é em Novembro de 1975 que Portugal, «resolvendo» o PREC, encontra, definitivamente, o caminho para a sua contemporaneidade.

É em Novembro de 1975 que se encerra o ciclo africano português, com a última das independências: a de Angola. É em Novembro que se produzem os últimos confrontos, decisivos, do PREC. A 12 assistimos ao «cerco» à Assembleia Constituinte e a 19 o país é confrontado com a decisão, insólita e ímpar, da greve do VI Governo Provisório do Almirante Pinheiro de Azevedo.

Finalmente, culminando um mês de confrontos, o 25 de Novembro, e a sua rápida e inquestionável resolução, finda o PREC e assume, definitivamente, o carácter institucional e ocidental da III República Portuguesa.

Junto com estas quatro datas, todas elas de importância definidora, importa também dedicar alguma atenção às leituras já possíveis, a 30 anos de distância. Assim, e numa lógica de emparelhamento, avançamos com quatro dimensões: leituras políticas, académicas, jornalísticas e culturais.

Neste sentido, propomos o seguinte ciclo de conferências:

Terça, Dia 7 de Novembro

«Angola. O Fim do Império»

21.00h. Auditório da Biblioteca-Museu

Oradores Convidados e confirmados:

José Medeiros Ferreira;

Cristina Sizifredo (FCSH-UNL)

Almirante Rosa Coutinho

General Pezarat Correia

António Almeida Santos

S. Exa. Embaixador de Angola (a confirmar)

Sábado, dia 12 de Novembro

«Cerco ou manifestação? Sobre os 30 anos do 12 de Novembro de 1975».

16.00h. Auditório da Biblioteca-Museu

Orador convidado:

Avelino Gonçalves,

Mário Sottomayor Cardia,

José Reis Santos (pelo clube «Loja de Ideias»)

Ângelo Correia

Oradores previstos:

Rafael Duran (?)

Sábado, dia 12 de Novembro

«30 anos depois. Que leituras Académicas?»

19.00h. Auditório da Biblioteca-Museu

Oradores confirmados:

Fernando Rosas

Maria Inácia Razola,

Tiago Moreira de Sá

Freire Antunes (a confirmar)


Oradores previstos:

Maria Manuela Cruzeiro (?), Jaime Nogueira Pinto (?),

Sábado, dia 19 de Novembro

«O dia em que o Governo parou». A greve de 19 de Novembro de 1975.

16.00h. Auditório da Biblioteca-Museu


Oradores confirmados:

António Costa Pinto

Basílio Horta

Diogo Moreira (pelo clube «Loja de Ideias»),

Comandante Vitor Crespo

Oradores previstos:

António Barreto (?)

Sábado, dia 19 de Novembro

«30 anos depois. Que leituras Políticas?»

19.00h. Auditório da Biblioteca-Museu

Oradores previstos: representantes de todos os partidos políticos com assento na Assembleia da República (BE, PCP, CDS-PP, PSD, PS).

BE – Francisco Louçã (?)

PCP – Jaime Serra / Agostinho Lopes (?)

CDS/PP – Anacoreta Correia

PSD – Vasco Rato (a confirmar)

PS – João Cravinho (a confirmar)

terça-feira, dia 22 de Novembro

«30 anos depois. Que leituras Jornalísticas?»

21.00h. Auditório da Biblioteca-Museu


Oradores previstos e convidados:

José Manuel Barroso (Lusa)

Eduardo Dâmaso (Publico)

António Louçã (RTP)

Ricardo Revez (pelo Clube «Loja de Ideias»)

Mário Mesquita (a confirmar)

Sexta, dia 25 de Novembro

«A decisão de um caminho». 30 anos do 25 de Novembro de 1975.

21.00h. Auditório da Biblioteca-Museu

Orador convidado:

António Reis,

Isabel do Carmo

Carlos Brito

Duran Clemente

General Loureiro dos Santos

Orador previsto:

Otelo (?)

Data a definir

Dia ainda não definido:

«30 anos depois. Que leituras Culturais?»

21.00h. Auditório da Biblioteca-Museu

Orador convidado:

António Pedro Vasconcelos

Eduarda Dionísio (a confirmar)

Oradores previstos e a contactar:

José Gil

Teresa Patrício Gouveia. Vasco Graça Moura, Maria Filomena Mónica, Vasco Pulido Valente, - destes três

Findo este ciclo de conferências, propomos também que se editem as suas actas, retiradas ou das transcrições das apresentações ou de «papers» apresentados pelos comunicantes. Esta edição, a ser ultimada e combinada posteriormente, ficaria à responsabilidade de coordenação e de edição do clube «Loja de Ideias».

11 de Setembro: 4 Anos depois

«11 de Setembro: 4 Anos depois»

12 de Setembro 2005

Biblioteca-Museu República e Resistência

21 Horas

Dentro do contexto que assume os ataques a Nova Iorque como inauguradores de uma nova fase da nossa contemporaneidade, apresentando-se como marco fundador, é nossa intenção procurar contribuir para que as reflexões sobre o 11 de Setembro se compliquem, no sentido de serem abandonadas as preocupações exclusivamente militares ou civilizacionais e serem abordadas e valorizadas algumas das múltiplas dimensões em análise neste tão complexo tema da actualidade.

Neste sentido, é nossa intenção apresentarmos o nosso debate envolto em duas linhas de reflexões: [1] uma linha de apreciação internacional, o impacto nas Relações Internacionais, as consequências estratégico-militares; e [2] uma linha de considerações internas, de análise das possíveis respostas no âmbito da segurança interna portuguesa (como responderíamos a um eventual ataque) e como vê e sente a comunidade islâmica portuguesa o impacto dos acontecimentos dos últimos anos.

Esta actividade contará com a presença dos seguintes conferencistas:

Nuno Severiano Teixeira

Director do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI)

João Marques de Almeida

Director do Instituto de Defesa Nacional (IDN)

David Munir

Imã da Mesquita de Lisboa

Paulo Gomes

Gabinete Coordenador de Segurança do Ministério da Administração Interna (GCS-MAI)

Diogo Moreira

Clube «Loja de Ideias»

sexta-feira, julho 08, 2005

Carta de Apresentação

Na leitura do discurso político contemporâneo deparamo-nos com uma sistemática simplificação argumentativa, assumindo esta uma previsibilidade que se traduz na desmotivação e alienação dos cidadãos. Esta pressuposição remete-nos, imperativamente, para uma posição de espectador, confortável e passivo; inscrevendo-nos numa crítica reactiva, não reflexiva e irresponsável.Este discurso apresenta-se distante, empacotado e pronto a consumo. Na actualidade, a relação Cidade/Cidadão/Cidadania remete-nos para uma democracia divorciada do seu conceito.A Cidade, outrora politicamente vivida e reflectida pelos cidadãos, revela-se hoje culturalmente labiríntica, socialmente perigosa e intimidatória. Longínqua, e pouco compreendidos pelo todo, é a fronteira que se estabelece entre os indivíduos. É a urgência na busca de eficazes elementos agregadores que nos impele para este projecto, que se quer construtivo e positivo.Aos discursos políticos, exigem-se aplicações e resultados imediatos, fundamentados em objectivos (aparentemente) bem definidos. Não há margem de erro: o presente confronta-se com uma estranha e frágil mortalidade. Desajustou-se o sonho do ideal de futuro. Abandonámos a Utopia. Sentimos que, no caminho para a nossa pós-modernidade, largámos algum lastro cívico, que deixámos de exercer a cidadania activa que assumia as nossas ambições políticas e nos afastámos da convivência tolerante e humanista com o Outro. O clube «Loja de Ideias» apresenta-se, assim, com o intuito de contribuir para repensar a intervenção na Cidade, na sua geografia política, social e cultural. Neste caminho, a ideia é reconceptualizar o Espaço Público, na medida em que sentimos necessárias a exploração e experimentação de novas formas de fazer Discurso e Política. Numa síntese, propomos uma rearticulação, assumida e organizada, entre a política e a cultura numa preocupação social ao serviço dos Cidadãos.
Procuramos uma sociedade onde a tolerância, a pró-actividade, a responsabilidade política e a diversidade cultural sejam "pedras basilares" na concepção transdisciplinar da existência colectiva contemporânea.
Neste sentido, o clube «Loja de Ideias» assume-se como plataforma de discussão, criação e redefinição conceptual, independente da iniciativa partidária e dos círculos institucionais.Sugerimos renovados fóruns de discussão e de intervenção, visando a obtenção de conscientes catarses intelectuais. Não procuramos apologeticamente a novidade por definição. Não buscamos verdades absolutas. Não nos tomem por Cristos ou pastores. Não é o original que nos atrai.Com humildade e convicção, procuramos acrescentar um subsídio honesto e vigoroso a uma sociedade requerente e pronta.Propomos andar atentos aos temas e objectos da actualidade; trazendo à discussão pessoas de conhecimento específico, académico e prático, para uma experiência de enriquecimento livre.
Assumimos algumas fontes e orientações doutrinárias. Destas, tomamos as suas experiências passadas e os seus preciosos ensinamentos. Avocamos não só códigos de conduta mas atitudes e experiências políticas. Inspira-nos a articularidade, despida de preconceitos isolacionistas ou sectários, entre a cultura, a política, a economia e a sociedade.
O Clube «Loja de Ideias» adopta um carácter moderado na objectivação das suas ambições. Pretendemos a contribuição sem retorno. Move-nos o ideal cívico do tributo político em prol do Bem Social. Numa nova formulação transdisciplinar, queremos tornar a experimentação cultural fonte de discurso político.Para um exercício de cidadania responsável, procuramos experimentar, com responsabilidade. Querermos poder explorar, formar e informar.Através de intervenções sustentadas e concertadas, ambicionamos encontrar novas formulas, novos temas, novos debates, novos actores para, numa sociedade verdadeiramente cosmopolita, podermos voltar a sonhar com uma democracia cívica e participativa.

domingo, julho 03, 2005

Declaração de Princípios

Na leitura do discurso político contemporâneo deparamo-nos com um facilitismo argumentativo, disassociador, que nos remete, imperativamente, para uma posição de espectador, confortável e confrontado. A política, o discurso, apresenta-se distante, empacotado e pronto a consumo. A Cidade, outrora viva e activa na mente do cidadão, é hoje distante, confusa, perigosa, intimidatória.

À construção discursiva, política, requerem-se resultados, metas, objectivos definidos.

Neste sentido, apesar da necessidade da multidisciplinaridade articulada, a verdade é que não nos consideramos satisfeitos com esta «imitação da vida». Sentimos que, no caminho para a nossa modernidade, largámos lastro cívico e nos afastámos da convivência tolerante e humanista.

O clube «Loja de Ideias» apresenta-se assim com o intuito de contribuir para repensar a intervenção na Cidade, nas suas dimensões políticas, sociais e culturais. Neste caminho, a ideia é reconceptualizar o espaço público, na medida em que sentimos necessário a exploração e experimentação de novas formas de fazer política, de construção e criação de novos discursos e de rearticulação, assumida e organizada, entre a política e a cultura numa preocupação social ao serviço da Cidade.

Procuramos uma sociedade onde a tolerância, a responsabilidade política e a universalidade cultural sejam pedras de cal no molde arquitectural e construtivo da nossa existência colectiva contemporânea.

Sugerimos uma renovada articulação entre a política e a cultura, no sentido em que sejam possíveis a criação de novos fóruns de discussão, visando a obtenção de renovadas catarses intelectuais para contribuir ou colmatar as necessidades prementes de uma sociedade sonâmbula e viciada. Não procuramos apologeticamente a novidade, o fresco; não somos daqueles que apregoam ventos de novidade ou de redenção. Não nos tomem por pastores ou Cristos. Apenas procuramos, com humildade, acrescentar algo, um subsídio honesto e vigoroso.

Nas nossas fontes e orientações doutrinárias tomámos das experiências passadas preciosos ensinamentos, não só como códigos de conduta mas como atitudes políticas de modernidade evidente. Da prática seareira recolhemos a transversalidade política e ideológica em prol de um projecto de renovação e inovação mental e moral da sociedade portuguesa. Inspirou-nos também a articularidade, despida de preconceitos isolacionistas ou sectários, entre a cultura, a política, a economia, a arte.

Querermos poder explorar, formar e informar. Tornar a experimentação cultural fonte de discurso político.